sexta-feira, 2 de março de 2012

Quem foi o General Edgard Facó?


O general Edgard Facó (Beberibe, 27 de março de 1882 — Rio de Janeiro, 18 de janeiro de 1972) foi um militar brasileiro.
Foi ministro do Supremo Tribunal Militar (atualmente, Superior Tribunal Militar) de 1943 a 1952

Carreira Militar

Edgard Facó sentou praça em março de 1902. Cursou a Escola Preparatória do Realengo, no Rio de Janeiro, então capital da República (Distrito Federal) e o curso de aplicação de infantaria e cavalaria da Escola de Guerra de Porto Alegre. Foi instrutor na Faculdade de Direito de Fortaleza e na Sociedade de Tiro Nº4, no Rio Grande do Sul. Foi promovido a segundo-tenente em março de 1911.
De 1911 a 1916, serviu no Recife (PE), em Ponta Grossa (PR), em Erval (RS) e no Rio de Janeiro (DF). Promovido a primeiro-tenente em março de 1918, serviu no Paraná, em Fortaleza e em Caçapava (SP), onde se tornou comandante da 2ª e da 7ª companhias. Durante o período em que serviu no Paraná, no posto de segundo-tenente, lutou na Campanha do Contestado, em 1914.
Em 1921, foi nomeado juiz do Conselho de Justiça Militar. Atingiu o posto de capitão em 1922. Serviu em Juiz de Fora (MG) e no Rio de Janeiro.
Em 1928, foi nomeado chefe da polícia do Ceará, e em 1929 foi promovido a major. Mas, por não ter apoiado a Revolução de 1930, foi destituído do cargo.
Em 08 de abril de 1929, pelo Decreto Decreto Nº 1.251, fundou a Escola de Formação Profissional da Força Pública, objetivando fornecer instrução literária e técnico-profissional aos aspirantes ao primeiro posto do oficialato. Em 05 de fevereiro de 1953, foi acrescido o nome do criador da Escola, passando a Grupamento Escola General Edgard Facó mudando para Academia de Polícia Militar General Edgard Facó que foi extinta para a criação da AESP e o seu nome foi novamente homenageado ao COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR GENERAL EDGARD FACÓ (CPMGEF).
Em 1932, matriculou-se na Escola de Estado-Maior do Exército, no Rio de Janeiro, obtendo promoção a tenente-coronel. Em 1934, foi nomeado chefe do estado-maior na 9ª Região Militar (Campo Grande), no atual estado do Mato Grosso do Sul, posto no qual foi promovido a coronel. Exerceu o comando da circunscrição militar de Mato Grosso.
Exerceu funções de comando em Quitaúna (SP), em Petrópolis (RJ), no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.
Em março de 1938, foi nomeado comandante-geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, posto que deixou em 1940, ao ser nomeado general-de-brigada. Em 1943, assumiu o cargo de ministro do Supremo Tribunal Militar.
Foi promovido a general-de-divisão em janeiro de 1951 e general-do-exército no ano seguinte, quando aposentou-se no STM por ter atingido o limite de idade (70 anos).

Vida Familiar

Era filho de João Balthazar Ferreira Facó.
A família Facó originou-se a partir dos Queiroz. Ambas as famílias, Facó e Queiroz, geraram muitos escritores, como a romancista Raquel de Queiroz, primeira mulher a ingressar naAcademia Brasileira de Letras, e o poeta surrealista Américo Facó, ambos já falecidos.
Edgar casou-se com Leonelina Caetano Ney, nascida no Piauí, que passou a assinar Leonelina Facó. Tiveram os filhos Edy, Elda, Geraldo e Elsie. Também os Ney eram voltados para as letras, como o jornalista Paula Ney, conhecido por seu espírito boêmio.
Edgard Facó morreu aos 89 anos, em casa de sua filha Elda, onde vivia desde a década de 1960, quando enviuvara.

Homenagem

Em São Paulo, uma avenida na Zona Noroeste, entre os bairros de Pirituba e Freguesia do Ó, recebeu o nome do general. No estado do Ceará também foi dado o seu nome a uma escola militar de fortaleza, que recebe o nome de Colégio Da Polícia Militar General Edgar Facó.

Bibliografia

  • Lima, Esperidião de Souza Queiroz. Antiga Família do Sertão, Agir, 1946
  • Abreu et al. Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro Pós-1930. Volume II, 2a edição, FGV, Rio de Janeiro, 2001.

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